DERMATITE ATÓPICA CANINA

A dermatite atópica canina é uma afecção crônica, de caráter recidivante, inflamatória, pruriginosa, de predisposição genética e sinais clínicos característicos. Acredita-se que sua patogênese seja multifatorial.São descritos como fatores da dermatite atópica os seguintes aspectos:1- Predisposição genética e alterações na barreira cutânea.A predisposição genética é considerada um fator importante na patogênses, porém está longe de ser compreendida totalmente. Sabe-se que possui caráter hereditário, de modo que a prole oriunda de animais atópicos tem maior chance de apresentar a doença. No entanto, o painel genético envolvido parece ser complexo e poligênico. além disso, as interações entre o hospedeiro e o meio ambiente influenciam o fenótipo e o risco de desenvolvimento da dermatite.2- Infecções secundáriasComo mencionado anteriormente a dermatite atópica canina é uma doença multifatorial que parecee resultar de interações complexas entre o paciente e o omeio ambiente. Sendo assim, é esperado que a presença de infecções cutâneas desempenhe certo papel no desenvolvimento e/ou agravamento da doença.3- Alérgenos ambientaisEstes podem ser considerados os fatores mais importantes.  Diversos alérgenos ambientais já foram citados e incluem ácaro da poeira doméstica , grama, polens e fungos.A via epicutânea parece ser a de maior relevância na exposição aos alérgenos ambientais. Está bem documentada em humanos, e, em cães, poderia explicar a distribuição das lesões, como por exemplo, no focinho, nas extremidades dos membros e no pavilhão auricular, pois são áreas de maior contato. No entanto, as vias respiratoria e oral também estão envolvidas no desencadeamento da dermatite.4- Trofoalérgenos Em humanos, os trofoalérgenos (ou alérgenos alimetares) são frequentemente os primeiros a desencadear reações de hipersensibilidade em crianças e são responsáveis por desencadear  crises alérgicas em uma série de pacientes. Em medicina veterinária, a diferenciação de reação adversa ao alimento (RAA) e dermatite atópica tem sido motivo de discussão. Os animais com hipersensibilidade aos trofoalérgenos, quando em contato cm estes, podem apresentar uma síndrome clínica muito semelhante, ou idênticas àquelas observadas em casos desencadeados por alérgenos ambientais. No entanto, alguns pacientes pode exibir outros sinais como prurido perianal, descamação, disturbios gastrintestinais e anafilaxia, também podem ocorrer.5- Autoalérgenos e outros fatoresOs filhotes nascidos nas chamadas “temporadas de alergia”, ou seja, épocas com maior presença de polens, parecem ter maior chance de apresentar dermatite atópica. O uso de dietas caseiras para a alimentação da fêmea durante a lactação demonstrou efeito protetor contra a dermatite atópica canina na ninhada. Os probióticos podem modular a resposta de IgE alérgeno-específica, embora não pareçam poder prefinir a doença.
DiagnósticoO diagnóstico da Dermatite atópica canina é, acima de tudo, clínico, ou seja, deve ser fundamentado no histórico, nos sinais clínicos do paciente e na exclusão de diagnósticos diferenciais, e não em testes laboratoriais.Distintas dermatopatias podem coexistir no mesmo paciente e é crucial que tais doenças sejam descartadas e/ou controladas antes do dagnóstico de dermatite atópica.E lista de possíveis diagnósticos diferenciais pode ser extensa. Sendo assim, é necessário considerar a apresentação  clínica individual na formulação dos provãveis diferenciais.
Não é possível diagnosticar a dermatite atópica canina por meio de exames laboratoriais e a doença tampouco apresenta sinais clínicos patognomônicos, por isso os diferentes conjuntos de critérios foram propostos para o diagnóstico da doença.Os testes alérgicos não devem ser utilizados como ferramenta diagnóstica, pois muitos cães hígidos podem apresentar reações positivas. No entanto, tal exame possui valia para o manejo e o tratamento de cães diagnosticados com a dermatite atópica.
TratamentoA dermatite atópica canina é uma doença crônica e incurável, ou seja, os pacientes atópicos requerem tratamento contínuo e acompanhamento veterinário rotineiro. É crucial que o tutor seja bem informado sobre a complexidade da doença e sobre o caráter crônico recidivante.
A conscientização e colaboração do tutor são os principais pilares para o sucesso do tratamento e quanto maior for o entendimento sobre a alergia do seu cão, menores serão as chances de ocorrer frustração e abandono do tratamento.

Responsável veterinária Viviane Silva

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